Rio-RJ - Trilha do Corcovado - fev/2012

  "Em um dia ensolarado de Carnaval, decidimos todos subir a tão comentada trilha do Corcovado. Como nosso grupo possui pessoas de tudo quanto é lugar no Rio de Janeiro e em Niterói, cidade vizinha, achamos por bem nos encontrarmos no Terminal da Central, de onde saem ônibus para o Parque Laje. 

 

  À medida que as pessoas iam chegando, fui percebendo como fui despreparado...     Um vinha com um machado e uma  espada (de brinquedo, é claro), outro com máscaras de todos os tipos, o que me fez pensar se tinha algum bloco de Carnaval no alto do Cristo.

 

Parque Laje

  Marcamos às 9 horas no Parque Laje. Mas, com um grupo tão distinto, só conseguimos iniciar a subida às 10 horas. O mais interessante é que os que moram mais perto são os que mais atrasam, já percebeu?


  Iniciamos uma trilha em mata fechada, onde não tivemos grandes dificuldades, a não ser em uma parte de pedra, onde precisamos nos segurar em correntes que lá já estavam, e por um pedaço mais íngrime de chão arenoso, onde tivemos que nos agarrar nas árvores e nas raízes recém-nascidas que se encontravam no meio do caminho. É nessas horas que os mais confiantes encontram maior desafio, já que sempre acham que o tênis não vai derrapar... Um de nós involuntariamente começou a praticar sandboard sem prancha. Todos ficaram olhando sem fala, se segurando para não rir do companheiro, mas não teve jeito. De repente todos se acabaram de gargalhar e foi uma festa só.

 

Mico

  Então logo percebemos que não estávamos sozinhos. Até seres mais ilustres chegavam mais perto para ver o que estava acontecendo. Queriam descobrir o porquê de tamanha felicidade.

 

Bondinho

  Continuando na trilha, pegamos o caminho dos trilhos do bondinho. Ao contrário do que possa parecer, o trilho não tem risco nenhum, já que a energia elétrica passa acima bondinho.

 

  Depois de apreciar a vista lateral da Cidade Maravihosa, chegamos onde o caminho do trem encontra o caminho dos carros. Pegamos então um pedaço com asfaltado até chegarmos onde estacionam as vans. Cansado com a vista que tínhamos ao nosso redor, não conseguíamos pensar em outra coisa a não ser parar e descansar. Depois de lancharmos, decidimos subir até o topo para poder ver o Cristo de mais de perto, mas eis o que tivemos como resposta:

  “Só pode entrar aqui quem tiver com a entrada. Mas não tem problema, vocês podem entrar nas vans, descer, comprar as entradas e depois subir de novo.”

Máscaras no Corcovado


  Fala sério! Descer de van!? Tudo menos isso! Você já deve imaginar que decidimos não descer. Ficamos, ao invés disso, aproveitando a bela vista que nos proporcionou nossa caminhada de 2 horas. Ficamos bestificados com a vista de cima da Cidade Maravilhosa e com a esperteza com que os quatis “roubavam” a comida que os turistas esqueciam.

Vista meio

 

  Fizemos nossa própria festa. Como você já deve ter percebido, não precisamos que ninguém nos diga o que devemos fazer para que possamos nos divertir. Aproveitamos como em um típico dia de Carnaval.

 


Dormentes
  Descendo, resolvemos voltar pelo mesmo caminho, mas tivemos um pouco de dificuldade para descer no trilho do trem. Descobrimos que é mais seguro descer pisando só nos dormentes (madeiras dispostas na horizontal).

 

  Retornamos então ao Parque Laje, com a sensação de dever cumprido, com mochilas vazias, mas com as mentes e câmeras cheias de recordações as quais nunca esqueceremos."

(Pieter van Tilburg)

 

  

 

 

 

 

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